RS Foi Declarado Como Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação

A consolidação do Rio Grande do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação, anunciada na noite do dia 11 de agosto de 2020 pelo Ministério da Agricultura, é comemorada por entidades ligadas à pecuária.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, reiterou que, com o novo status, o Estado poderá alcançar 70% dos mercados mundiais. “Sabemos o peso da responsabilidade dessa nova condição e vamos trabalhar com o produtor para que ela seja mantida”, disse Covatti. Para o governador Eduardo Leite, a conquista é “histórica”.

A mudança passa a valer em 1º de setembro. Com isso, o ano de 2020 será o último com vacinação em 4 Estados: Rio Grande do Sul, Rondônia, Acre e Paraná.

Assim, o governo federal poderá encaminhar o pedido de status internacional à Organização Mundial de Saúde Animal. Com assembleia prevista para maio de 2021, a entidade internacional pode emitir a certificação que vai permitir a entrada dos estados em novos mercados mundiais.

Sobre a Febre Aftosa 

Esta é uma das principais doenças da criação de gado, que começa com aftas na boca dos animais, podendo levar a problemas cardíacos e até a morte. Ela é contagiosa entre os animais, mas não infecta humanos. Conforme o governo federal, o Brasil não registra novos casos desde 2006.

A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul se manifestou favoravelmente à instrução normativa. Leia na íntegra:

“A Farsul comunica que, após reunião realizada com os representantes dos sindicatos rurais integrantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, apoia o processo de retirada da vacinação contra a febre aftosa no estado. A decisão foi tomada por meio de votação entre os participantes, mantendo a tradição democrática da entidade de ser representante das demandas e posições dos produtores rurais do Rio Grande do Sul. É sabido que ainda existem itens a serem concluídos pelo Governo do Estado para o cumprimento de todo o protocolo estipulado para que o Rio Grande do Sul receba o status de livre de aftosa sem vacinação, pela OIE. Competirá a nós o acompanhamento da evolução desses pontos, auxiliando no que nos cabe e cobrando os que são compromissos de outros. Somos cientes das responsabilidades que cairão sobre os produtores, especialmente quanto a vigilância no campo. Pois, além das dificuldades conhecidas do setor público para tal, são os produtores os principais interessados na manutenção da segurança sanitária no nosso setor. Entretanto, necessitamos que, após a conclusão do processo, tenhamos a garantia do Poder Público de que as medidas apresentadas serão, efetivamente, colocadas em prática para que aquele que é o principal interessado, o produtor rural, tenha tranquilidade em exercer sua atividade sabendo que está respaldado jurídica e sanitariamente.”

Fonte: Correio do Povo / G1

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